Conduzir Uma Campanha Eficiente Vai Muito Além do Orçamento
Da Redação
Artigos | 25 de Março de 2022
Donos de negócios e empreendedores em geral sabem muito bem que atrair novos clientes pode ser uma tarefa assustadora. A impressão é a de que sempre existe alguém melhor no mercado ou com mais experiência para ocupar este lugar. No entanto, este é um desafio que as empresas/empreendedores devem ter como parâmetro e objetivo algumas táticas eficientes de se conseguir estes clientes/consumidores. E isso vai muito além de um orçamento polpudo. Envolve uma combinação de fatores e ações, e é importante neste momento ter criatividade e esforços na busca mais assertiva, fazer um networking constante, e sempre procurar por novos leads de mercado (em 2022, por exemplo, já existe uma quantidade enorme das chamadas empresas unicórnio que podem decolar este ano, e desta forma precisar de ações de marketing e comunicação que atraiam clientes ainda mais).
Para atrair clientes, os pequenos negócios/empreendedores precisam ter um plano claro e bem feito para se destacar dos concorrentes. Uma maneira de se fazer isso é desenvolvendo uma proposta única e exclusiva de vendas, que explica claramente o porquê de o consumidor comprar e/ou querer consumir a sua marca/produto ao invés da do concorrente. E é sempre melhor fornecer uma experiência de excelência ao cliente e criar uma impressão duradoura, assegurando assim a retenção do consumidor e criando um seguidor leal. Outra ferramenta eficiente é a do marketing digital, incluindo anúncios pagos e outras táticas semelhantes (o Instagram e Facebook registram grande assertividade neste quesito, e muitas empresas e/ou pequenos negócios vêm fazendo um uso cada vez maior destas redes neste sentido).
“Mas é preciso se fazer tudo isso com eficiência, boa comunicação, criatividade e muita sensibilidade”, afirma Milena Sardoz, publicitária e jornalista que colabora na agência Babaorum Publicidade, afiliada à Sincronia Filmes. “Do contrário, as empresas correm o risco de fazer mais do mesmo“, continua ela. “Já vimos muitas campanhas de diversas marcas utilizarem chavões, frases feitas, clichês jornalísticos e/ou publicitários que definitivamente não funcionam. Outro dia mesmo acompanhamos uma campanha veiculada no último Carnaval que trazia a velha frase-chavão uma folia de ofertas. Quantas vezes já não vimos essa mesma frase estampando campanhas das mais variadas marcas e/ou negócios? Simplesmente não funciona, não retém a atenção do consumidor – hoje em dia uma das coisas mais difíceis de se conseguir.”
Criar um relacionamento com o cliente/consumidor também pode ser importante e muitas vezes extremamente eficiente. O consumidor precisa amar a sua marca, identificar-se com ela, com as propostas de valor do seu negócio – isso irá fazer com que ele se sinta “à vontade”, com que faça parte daquele universo criado pela marca/negócio. “Porém, é necessário haver alguns limites neste relacionamento”, afirma Cíntia Martins, Consultora do Sebrae, SP, e especialista em gestão de pessoas. Hoje em dia é muito comum que o cliente tenha acesso a informações pessoais dos prestadores de serviços através de redes sociais. Então é importante ter esse olhar sobre as relações. Em alguns segmentos de negócios é comum que clientes sintam-se muito próximos, como por exemplo na prestação de serviços, ao ponto de se referirem a estes profissionais como “meu”/”minha”. A comunicação assertiva é a grande aliada neste processo.
Ao mesmo tempo, criar uma marca sólida, onde o consumidor identifique as características dela – associando-as a coisas boas, como eficiência, entrega, experiência bem-sucedida – é uma estratégia que funciona muito bem. “Há muitas maneiras de se fazer isso”, continua Milena, “e uma delas é por exemplo criando campeonatos onde os usuários/consumidores podem interagir com a sua marca/negócio. “As empresas podem fazer isso utilizando tanto as redes sociais quanto o universo off-line“, afirma Milena. “Na produtora e na agência procuramos elaborar este tipo de campanha/estratégia sempre que necessário (esta foi uma sugestão, a propósito, para as marcas do Grupo Essence, com quem iniciamos uma parceria no final do ano passado, em 2021, e com quem estamos conversando para verificar a melhor abordagem).”
Outro elemento muito importante nesta batalha pelo cliente/consumidor, é atacar, como diz o termo, um nicho específico de mercado. “Cada marca e/ou empresa, por si só, já trabalha em uma área ou segmento específico, portanto, nada mais natural do que trabalhar em cima daquele público”, continua Milena. “Isso não só facilita seu trabalho, como produz assertividade e uma produtividade muito maior – com as chances de se fazer a coisa certa muito mais fáceis de acontecer. No nosso caso, por exemplo, gostamos de trabalhar e mirar as empresas startup – por uma série de razões, entre elas o fato de terem uma cabeça um pouco mais aberta em relação às empresas, digamos, mais tradicionais.”
E finalmente, ratificando o título desta matéria – nem sempre a expectativa confirma o resultado. “Às vezes as empresas imaginam alguma coisa, possuem uma ideia sobre como querem construir uma campanha, mas o orçamento não bate com a realidade”, diz Milena. “A boa notícia é que hoje em dia não se precisa de orçamentos polpudos para se chegar a um resultado esperado. É um clichê ou algo meio fora de moda afirmar que a publicidade precisa obrigatoriamente de altos investimentos ou orçamentos milionários para chamar a atenção ou conquistar o cliente/consumidor. Um conteúdo relevante, um bom uso de redes sociais, uma comunicação eficiente e objetiva, uma experiência que proporcione interatividade, e que tire o consumidor daquela letargia tão comum às publicidades/campanhas (as tais folias de ofertas), são tudo o que marcas, pequenos e médios empreendedores e novos negócios, precisam. O restante é entusiasmo vazio e redundante”, conclui Milena.
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