Peças Completam a Divulgação dos Trabalhos
Da Redação
Notícias | 10 de Dezembro de 2015
Depois de alguns meses de ensaio, eis que surgem os trailers dos curtas-metragens produzidos pela Sincronia Filmes (alguns em coprodução). “Claro”, conta A. Nakamura, produtor da casa, “eles chegam com bastante atraso, anos depois de os filmes terem saído.” Mas, segundo ele, já “estava se fazendo necessário subi-los pra rede, até por questões estratégicas mesmo. Fizemos uma reestruturação no site, nas redes sociais e obviamente em nosso canal no YouTube – e isso incluiu deixar uma “marca registrada”, com o Thumbnail dos vídeos sempre num mesmo padrão. “Agora”, diz o produtor, “nossos vídeos podem ser identificados pelo símbolo de play (uma enorme seta branca-gelo), discreta na cor, mas grande o suficiente para ser notada. E não é que ficou bonito nos vídeos?”
“Os filmes precisam desesperadamente de uma restauração, mas sabemos que isso é muito complicado, caro, com necessidade de patrocínio. Por isso, deixaremos para mais à frente.” O material aliás vem se juntar ao único trailer produzido para o lançamento de um deles – o de É Quase Verdade – e deixa, segundo Nakamura, “as coisas agora mais completas”. Abaixo, uma amostra de cada um deles, com os comentários do produtor, que supervisionou todo o processo:
Assis & Aletéia (2002):
“Como o filme é muito curto (apenas 8 minutos), optamos por não mostrar muita coisa e trabalhar em cima de textos. Inspirado pelo cinema do Luis Buñuel e do Salvador Dalí, como o clássico Um Cão Andaluz (1928), resolvemos que faríamos como esse filme: construiríamos o texto baseado no esquema de conto de fadas – exatamente como o filme do Buñuel – inserindo o “Era uma vez…” e trabalhando em cima da frase-clichê “rapaz encontra garota”. Logo, a imagem que entra é justamente a cena mais lembrada do filme (que aliás chegou a concorrer no Festival de Gramado, entre aplausos e vaias). A trilha do Preisner (Zbigniew Preisner, compositor polonês) dá todo o clima pra coisa. Acho que ficou interessante e curioso.”
Amarar (2008):
“Sem dúvida o mais difícil de se editar. Não poderíamos contar muita coisa, não revelar detalhes da trama (que é complexa e possui muitas camadas de interpretação), então fizemos como o slogan do filme: “um labirinto de memórias.” Assim como o filme, procuramos misturar as coisas, dando um tom de sonho, pra fazer você pensar, “espera aí, isso é alguém imaginando ou realmente está acontecendo? Onde começa um e onde termina o outro?”
O Homem Que… (2011):
“Historicamente, O Homem Que… é nossa primeira produção, lançada logo após termos aberto a produtora de fato, com CNPJ e tudo. Na verdade, a gênese do filme começou bem antes de 2011, acho que ainda em 2009, quando os meninos (Emanuel Mendes e Francisco Costabile, que fundaram a Sincronia Filmes), na época ainda sócios, discutiam qual trabalho realizar. E veja só o desenvolvimento da coisa: ele era para ser um documentário sobre a loucura, para ser rodado dentro de hospitais psiquiátricos, entrevistando tanto os médicos quanto os internos. Mas nas reuniões de pré-produção o esquema se inverteu: virou ficção baseada na realidade. O trailer ficou curioso, procurando embaralhar um pouco a história, de novo sem revelar nada.”
Estátuas Vivas (2013):
“O Estátuas… foi nossa segunda coprodução – tivemos o maior prazer em dar uma força para a diretora Mirrah Iañez e sua turma, formada pelo coletivo OFFilmes que trabalha com temáticas mais engajadas, radicais, às vezes polêmicas. Ela escreveu o roteiro do próprio punho e procurou desmitificar o conceito de quem é estátua viva só faz esse tipo de coisa por falta de opção de trabalho. Pelo contrário, é uma arte complexa, difícil, englobando elementos até do circo. O trailer procurou ser o mais sutil possível, delicado como a obra de Mirrah.”
_____