Sincronia Trabalha em Seu Acervo
Da Redação
Notícias | 27 de Janeiro de 2021
“Agora neste início de 2021 resolvemos botar ordem na casa”, brinca a produtora Janaina Zambotti, “e dar um tapa em alguns dos nossos trabalhos mais antigos, remasterizando muitos deles e/ou restaurando quando se tratar de filmes”, completa ela, que se juntou ao diretor Emanuel Mendes, sócio fundador da Sincronia, após a saída de Francisco Costabile em 2014, originalmente o outro antigo sócio e fundador ao lado de Mendes. Os trabalhos também possuem um outro significado para a empresa: em agosto de 2021 a Sincronia Filmes irá completar dez anos de atividade no mercado. “Não é um processo fácil manter uma empresa, mesmo que seja micro-empresa, e ainda mais nesta área de audiovisual, tão concorrida”, continua ela, “mas veja só, chegamos ao dez anos de existência, enfrentando todas as intempéries do setor e sobrevivendo.” E se em 2020 as perspectivas pareciam as mais negras possíveis, as circunstâncias provaram o contrário: “tivemos um ano incrível, mesmo apesar da pandemia (do COVID-19, que obrigou o mundo a parar e desacelerar), fechamos contrato com algumas empresas importantes – como a Fenabrave, realizando três trabalhos para a companhia que cuida das concessionárias no Brasil, além da startup Baby Care, que aplica brincos em bebês e presta assessoria às mães –, e, se tivemos que frear algumas coisas já em andamento, elas não só irão ser retomadas a partir de agora, como também pudemos repensá-las de uma outra maneira”, diz Zambotti.
Parte destes procedimentos de remasterização e restauração inclui retrabalhar por exemplo a webssérie Os Chorões, um dos primeiros trabalhos da Sincronia, lançado na rede em 2012, além de alguns filmes publicitários, institucionais, e os curtas mais antigos, como Assis & Aletéia (2002) e Amarar (2008). “Mas estes dois foram feitos em película, então serão mais caros e trabalhosos – devemos buscar recursos para restaurá-los”, afirma Janaina. Para os demais, no entanto, a Sincronia está cuidando devagar e cuidadosamente de cada um deles, mexendo na cor, nos contrastes, inserindo legendas em inglês onde antes não havia, entre outros. “Pegamos o Betão (Alberto Ismael, editor sênior e diretor do controle de qualidade da produtora) e estamos analisando cada um dos filmes, vídeos e institucionais da casa, vendo as necessidades de cada um”, diz ela. O plano é, até o fim de 2021, pelo menos, ter todos os trabalhos feitos em digital (com a exceção dos filmes realizado em película) absolutamente novos, com outra cara. “Ainda não sabemos o que vamos fazer com o material”, continua Zambotti, “temos planos diversos a médio e longo prazo, talvez subir alguns deles para nossas redes sociais, o canal do YouTube, e quem sabe até criar nosso próprio (canal) de divulgação mesmo”, finaliza ela. A despeito do que a Sincronia já vem fazendo – produzindo e distribuindo o próprio conteúdo, tentando-se tornar, cada vez mais, mais independente e dona do próprio nariz.
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