Os Prêmios de “Estátuas Vivas”

Filme de Mirrah Iañez Continua Trajetória de Sucesso

 

Da Redação

Notícias | 02 de Julho de 2013

 

Mais uma prova do quanto acreditamos em Mirrah Iañez e sua talentosa turma. Estátuas Vivas, uma coprodução entre a Sincronia e a OFFilmes, o coletivo de cinema formado majoritariamente por alunos do curso da Anhembi Morumbi, é eleito melhor curta-metragem no Festival Curta Canoa, no Ceará. Esta é a primeira vez que o filme é exibido no Nordeste. “Certamente foi o olhar muito particular da diretora em cima de um assunto super estigmatizado pela sociedade – a profissão do estatuísmo, feita na verdade por artistas (que são muitas vezes atores), sempre foi enxergada como uma alternativa para a falta de emprego e/ou qualificação profissional”, diz A. Nakamura, coordenador de produção da casa. “O filme dela nos faz enxergar essa ideia de um outro ângulo, sob um ponto de vista mais real, até porque também dá voz a essas pessoas”.

 

O festival já é tradicional na região, e conta com patrocínio da Petrobras. São exibidos, além de curtas e vídeos, um longa-metragem, geralmente a convite da instituição. “Mirrah foi até o festival porque a curadoria a levou”, diz Nakamura. É mais um ponto de encontro entre realizadores, produtores e exibidores que podem trocar ideias e mostrar seus trabalhos para um público mais amplo – sem ficar tão restrito ao segmento Rio-São Paulo. “Houve um grande número de festivais que cresceram no Brasil nos últimos anos, principalmente em áreas onde a rigor eles não aconteceriam”, avalia Nakamura. “E quem tem a ganhar são os realizadores”.

 

Realizado na cidade de Arati, o festival ainda oferece formação audiovisual, através de oficinas e da capacitação continuada nos núcleos de cinema de Arati. “O que é mais legal disso tudo é que muitas vezes esses tipos de evento atraem não só o público interessado, mas também turistas, trabalhadores locais, produtores e exibidores. É realmente uma pena se esse tipo de negócio não se expandir. Muita coisa já foi feita e melhorada, mas muita coisa ainda precisa ser implementada”, suspira Nakamura.

 

Para além de Arati, o filme de Mirrah Iañez também já viajou para outros estados do Brasil, participou de festivais internacionais, como o X Festival Internacional de Cortometrajes FENACO, em Lambayeque, no Perú (“O filme está realmente nos dando muitas alegrias”, diz a própria diretora), e recentemente abocanhou melhor curta-metragem dirigido por uma mulher no Festival Somos Todos Otros, no México. “É um festival de diversidade social, ou seja, tem tudo a ver com o filme, sua proposta, e a verve engajada da Mirrah”, diz Nakamura. “Ficamos muito felizes por ela e orgulhosos de ter feito parte disso.”

 

Estátuas Vivas deve continuar a carreira ainda em 2014.

 

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